domingo, 17 de janeiro de 2010

Casarão tombado, no chão, Rua do Riachuelo




Dez 09


dez 09

É muito triste termos uma imagem tão clara como a que está abaixo, com o casarão plenamente utilizado, útil, além de, mantendo-se de pé, representar uma época remota.
E outra, também tão clara, com ele destruído.
Vê-lo, portanto, nos dias atuais, no chão, caido, pichado, representando nada... Dá dó! É triste!
E fico pensando onde estão os responsáveis por este estado de abandono?
Afinal o imóvel é tombado pelo Patrímônio!
Aliás, onde estão os responsáveis pelo Patrimônio que não atuam neste caso?
Tristeza!
É um dia triste para a memória do Rio...
Nos perdoem, as gerações que ainda virão... Os filhos dos filhos, dos filhos... e outros que se seguirão.
Nos perdoem por legarmos ao futuro uma cidade tão descaracterizada. Esfacelada.
Facetada no pior sentido. Naquele que não representa nada.
Perdão Futuro!
Noa anos 1930 ou 40

6 comentários:

  1. O Blog da Capela tb está de olho nessa história! Acompanhe nossa matéria no nosso Blog: http://capeladomeninodeus.blogspot.com/2010/11/capela-cultural-casarao-do-visconde-de.html

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  2. É um dos poucos senão o único construído com paredes de enxaimel ( consiste em paredes montadas com hastes de madeira encaixadas entre si em posições horizontais, verticais ou inclinadas, cujos espaços são preenchidos geralmente por pedras ou tijolos.) e no meu tempo de menino o prédio era ocupado por um bar e um depósito de bebidas. Prédio tombado pelo Patrimônio Histórico e completamente abandonado expondo os transeuntes ao perigo de queda de telhas e reboco. É uma lástima pois o Rio de Janeiro está virando uma cidade sem passado.

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  3. De acordo com Laurentino Gomes em seu livro 1808 essa casa pertenceu a Bento Maria Targine que comandava o erário real e era muito próximo a D. João VI e Carlota Joaquina e convivia na intimidade real.
    Excerto do livro 1808 sobre Targine: "Targini era de família catarinense pobre e humilde. Entrou no serviço público como guarda-livros, um trabalho menor na burocracia do governo da colônia. Como era inteligente e disciplinado, virou escrevente do erário e logo chegou ao mais alto cargo nessa repartição. Com a chegada da realeza ao Brasil, passou a acumular poder e honrarias. Encarregado de administrar as finanças públicas, o que incluía todos os contratos e pagamentos da
    corte, enriqueceu rapidamente. Ao final do período de D. João no Brasil, sua casa, com dois andares e sótão, situada na esquina da Rua dos Inválidos com Riachuelo, era uma das maiores do Rio de
    Janeiro."

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    1. Laurentino Gomes não se valeu de documentos válidos para contar suas histórias. Não é historiador. Tudo o que fala de Targini foi copiado de Isabel Lustosa, que também copiou, mas não procurou investigar se eram verdadeiros os fatos que agora registrou. Assim, as difamações, as falsa histórias se propagam. Para conhecer a interessante história de Francisco Bento Maria Targini, abra o site www.targini.com.br, onde se conta sua verdadeira história, baseada em documentos.

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  4. Note-se que, pelo que resta da casa de Targini ,é falsa a afirmação de que era uma das maiores casas do Rio de Janeiro. Se Laurentino Gomes fosse olhar "in loco" veria que hoje serve como um pequeno estacionamento. Quem conhece a história do Rio de Janeiro sabe, que nesta mesma rua ainda existem alguns casarões mais bem conservados e que são semelhantes ou melhores que o de Targini. Aliás era o único bem que possuía. Morreu recebendo uma módica pensão outorgada por D. Pedro I, em reconhecimento por seus serviços prestados à Corte, desde seus dezenove anos, e suas filhas, quando seu pai partiu, com D. João VI, tiveram que vender a casa e passaram a vender doces para se sustentarem.

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