sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

SOLAR DA IMPERATRIZ

Antes da restauração, o Solar estava caindo aos pedaços.
Graças a intervenção do Jardim Botânico, com seus parceiros comerciais, o Solar escapou do destino certo.
Reparem como ele estava.


O Solar da Imperatriz tem sua origem no mais antigo engenho de açúcar do Rio de Janeiro, o Engenho Nossa Senhora da Conceição da Lagoa, construído em 1575.
A construção e mais 58 chácaras faziam parte do engenho, que se estendia a todos os bairros que hoje circundam a Lagoa Rodrigo de Freitas.

O imóvel onde se localiza o Solar foi construído em 1750, arrendado, no final do séc. XVIII, e desapropriado por d. João VI, no início do séc. XIX, para a construção da Fábrica de Pólvora, que deu origem ao Jardim Botânico, em 1808.

O local tornou-se conhecido como Solar da Imperatriz, em 1829, pois acreditava-se que o Imperador d. Pedro I o teria dado de presente para a sua segunda mulher, Dona Amélia de Leuchtemberg.
Porém, não existe registro histórico desde fato.
Entre 1846 e 1847, o local se destacou como a maior propriedade em extensão da época e passou a ser conhecido como Fazenda dos Macacos, já que no seu interior nascia o rio de mesmo nome.
Ele foi utilizado como canavial, para corte de madeira e fabrico de lenha e carvão, plantação de 6000 pés de café e laranja, assim como bananal e pomar.

Em 1875, o prédio tornou-se o Asilo Agrícola do Imperial Instituto de Agricultura para formar meninos órfãos em trabalhos rurais. Nessa fase, havia biblioteca, enfermaria, dormitórios para 40 alunos, salas de aula e a criação do bicho da seda - uma cultura com muitos registros na história do Jardim Botânico, e até mesmo uma linha férrea de bitola estreita, ligando o solar ao Jardim.
Após 5 anos, o asilo foi desativado com a proclamação da República.

Em 1909, passou a sediar o Museu Florestal e, em 1927, um Laboratório de Botânica.

Em 1973, o nome Solar da Imperatriz foi oficialmente reconhecido, quando o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) tombou a área para acréscimo ao Jardim Botânico.

Em dezembro de 1998, começaram as obras de restauro do Solar, mediante a parceria da CEF - Caixa Econômica Federal e do MMA - Ministério do Meio Ambiente, com o objetivo de ali instalar a Escola Nacional de Botânica Tropical.
Nas fotos acima podemos ter uma idéia de como o local estava abandonado.
O Rio dos Macacos nasce cristalino nas terras do Solar da Imperatriz. Quando deságua na Lagoa Rodrigo de Freitas, a poucos quilometros de distância, já está completamente poluído.
Detalhe da fachada.
O caminho que leva ao Solar é ladeado por grandes palmeiras imperiais.
Detalhes das portas
Da varanda do Solar.
A fachada com uma das escadarias.
Deste ângulo podemos observar ambas as escadas.
Quase toda a fachada do prédio.
A aléia de palmeiras imperiais tendo, ao fundo, a fachada do Solar.
Pórtico da entrada da propriedade.
Atualmente no local, muito bem cuidado e preservado, funciona uma Escola ligada ao Jardim Botânico do Rio de Janeiro.
Fev.2010

3 comentários:

  1. não conheço ainda este local, mas estava abandonado literalmente, bom saber que o restauraram, é um modo de recuperar a historia e fazer com que interaja com o meio :D

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  2. ei doido, isso fica aonde ? falto muita informação !

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  3. Lugar MARAVILHOSO!!!!Fica no final da rua Pacheco Leão,ao lado do Clube dos macacos

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